quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Japão: passageiros com contato próximo a infectados em voos ficarão em quarentena

Familiares ou acompanhantes de um infectado sentando em lugares distantes serão tidos como "contatos próximos"

quarentena
O governo do Japão modificou a regra para lidar com casos de infecção por coronavírus em voos que chegam ao país. Agora somente os passageiros que estiveram na mesma fileira de um infectado pela variante Ômicron, além dos que sentaram nas duas fileiras à frente e duas atrás é que deverão ficar em quarentena, não mais todos os passageiros do voo, como vinha sendo feito, segundo o Japan Times e o Yomiuri.  

A nova definição entrou em vigor na terça-feira (28), segundo o ministro da Saúde, Shigeyuki Goto, que acrescentou que quando o teste de um passageiro é positivo para a variante Ômicron, os familiares e outros passageiros que acompanham o indivíduo também serão considerados contatos próximos, independentemente de onde estiveram sentados no voo, disse Goto.

Nos casos registrados até agora, ficou claro que entre 0,1% e 0,2% dos que estiveram no mesmo avião foram confirmados como infectados pela nova variante. 

Para Goto, não há fundamento científico para tratar todos os passageiros como sendo “contatos próximos” de um indivíduo infectado no mesmo voo.

O ministro frisou que o governo consideraria os testes positivos para Covid-19 em aeroportos como sendo de portadores da variante Ômicron, mesmo antes de os testes de reação em cadeia da polimerase (PCR) ou de sequenciamento de genoma identificarem a cepa. 

Essa decisão, no caso, está baseada em dados recentes que mostram que quase 80% das pessoas que testaram positivo após a chegada estavam infectadas pela variante Ômicron. 

O ministro lembrou que o governo decidiu assim para identificar rapidamente os casos de Ômicron para poder lidar com a nova cepa de maneira mais eficiente. 

Logo que o primeiro caso de Ômicron foi detectado no país, no final de novembro, o governo considerava todos os passageiros do voo como contatos próximos e eles deveriam ficar em quarentena por 14 dias em instalações designadas ou acomodações administradas pelos municípios. 

O problema é que as autoridades centrais e locais tinham que conseguir locais suficientes para alojar a todos nas quarentenas. Alguns viajantes, por exemplo, tiveram de ser transportados do aeroporto de Narita, em Chiba, para outras cidades, como Osaka e Fukuoka, para poderem cumprir o isolamento. 

Até agora o Japão tem 66.000 quartos em todo o país destinados para pacientes com sintomas moderados ou assintomáticos e seus contatos próximos. 
Fonte: Alternativa